Escola Peripatética : Educação Patrimonial Brasília museu e arte a céu aberto
Brasília: caminhar, conhecer e preservar.
Agosto - 2013
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Professor: Rinaldo Paceli Ferreira de Oliveira Matrícula: 282448
Centro de Ensino Fundamental 10 de Taguatinga
Índice
- Justificativa ------------------------------------------------------------------------ 4
- Público alvo ------------------------------------------------------------------------ 4
- Recursos humanos ---------------------------------------------------------------- 5
- Recursos materiais ----------------------------------------------------------------- 5
- Recursos financeiros -------------------------------------------------------------- 5
- Objetivo Geral ---------------------------------------------------------------------- 5
- Metodologia/ descrição da ação ------------------------------------------------ 7
- Cronograma de trabalho ----------------------------------------------------------- 8
- Resultados esperados e alcançados ------------------------------------------- 9
- Avaliação dos resultados ----------------------------------------------------------- 9
- - Anexos ------------------------------------------------------------------------------ 10
1– Justificativa
O desejo da interiorização da capital esteve presente no nascedouro da Nação quando a brasilidade ainda está iniciando a sua formação.
Desde o Mapa da Capitania de Goiás e do Brasil Central, produzido por Tosi Colombina (1749), durante o período colonial, tal desejo já aparecia como estratégia geopolítica do Marquês de Pombal, foi externado ainda por muitos personagens consagrados pela historiografia como Hipólito José da Costa, José Bonifácio (1823), Francisco Adolfo Varnhagen (1877) e também em movimentos nativistas, são exemplos a Inconfidência Mineira de 1789 e a Revolução Pernambucana de 1831.
Não obstante esse desiderato, somente na constituição de 1891 a interiorização é positivado. A partir de então, o Estado assume a responsabilidade de transferir a Capital para o interior do Brasil, promovendo atos governamentais, entre os quais se cita a realização da Missão Cruls, responsável pela delimitação da área onde seria construída a nova capital.Todavia a transferência definitiva da capital foi resultado de ações descontínuas dos governos republicanos tornando peculiar a história da cidade, buscamos esclarecer essa seqüência histórica.
Este projeto se justifica, pois visa compreender a História peculiar da Capital e divulgar as características arquitetônicas e as particularidades urbanísticas externadas nas escalas arquitetônicas preconizadas por Lucio Costa para a criação do Plano Piloto de Brasília. Vale lembrar que são as características das escalas arquitetônicas (Bucólica, Monumental, Gregária e Residencial) que são tombadas pelos órgãos competentes; IPHAN na esfera Federal e DEPHA, no âmbito distrital e a nível mundial a UNESCO.
Conhecer a Capital, sua história, seus aspectos urbanos e arquitetônicos são importantes para sua preservação, porque as características motivadoras do seu tombamento estão sob ameaças constantes da especulação imobiliária e do uso indiscriminado do solo urbano.
Devido à relevância da história e da arquitetura da capital federal, proponho o desenvolvimento deste projeto de Educação Patrimonial, onde é possível direcionar os estudos dos alunos dos anos finais do ensino fundamental, focando Brasília como fonte primária de conhecimento para que a Capital continue a ser reconhecida e admirada pelas gerações presentes e futuras, desenvolvendo assim o sentimento de pertencimento desse espaço urbano para o morador do Distrito Federal e difundindo para todos os brasileiros.
2- Público alvo
_ Alunos atendidos na Sala de Recursos e os alunos do 5º ano (08 turmas) do Centro de Ensino Fundamental 10 de Taguatinga;
_ 20 Professores da Gerência Regional de Ensino de Taguatinga que se mostrarem interessados no desenvolvimento do Projeto em suas Escolas;
_ Frequentadores da BIBLIOTECA BRAILLE DORINA NOWILL de Taguatinga;
_ 30 Alunos do CEEDV 01 do Plano Piloto.
_ 10 professores do CEEDV 01 do Plano Piloto.
3- Recursos humanos
_ Professores regentes das turmas de 5º ano;
_ Professores regentes do CEEDV 01 do Plano Piloto;
_ Professores do Atendimento Educacional Especializado;
- Professores readaptados;
_ Motorista; (EXCLUIR)
4- Recursos materiais
- Transporte para 13 viagens ao Plano Piloto;
- 360 lanches;
- Impressão de 400 unidades de texto base para estudo;
- Impressão de 400 unidades de Ficha de acompanhamento de atividade extraclasse;
- Impressão de 400 unidades de ficha para produção de texto;
_ Impressão de 400 unidades de ficha para produção de desenho;
- Produção de 12 banner ( 1,5m X 1,0m).
5- Recursos financeiros (estimado)
- Transporte: R$ 4.800,00
- Lanche: R$ 1.440,00
- Material impresso: R$ 160,00
- 12 banner: R$ 1.440,00
Total: R$ 7.840,00
6- Objetivo Geral
Promover a valorização da Capital Federal como Patrimônio Cultural da Humanidade, desenvolvendo o conhecimento a respeito de Brasília, sua peculiaridade histórica, urbanística e arquitetônica através da Educação Patrimonial e a inclusão social de portadores de deficiências, transformando os alunos em cidadãos participativos capazes de identificar situações que possam descaracterizar a originalidade urbana e arquitetônica de Brasília.
Objetivos específicos:
Ao final os participantes deverão estar aptos a:
Apresentar as características gerais da pré-história do Centro-Oeste brasileiro;
Identificar fatos históricos que precederam a criação de Brasília;
Promover a interpretação do espaço geográfico e patrimonial;
Modificar a visão limitada de Brasília apenas como sede do Governo Federal;
Desenvolver o sentimento de pertencimento nos moradores e visitantes da Capital Federal;
Descrever os monumentos arquitetônicos e patrimoniais do Eixo Monumental;
Apontar no Plano Piloto as características peculiares do urbanismo e arquitetura.
Discorrer sobre as quatro escalas arquitetônicas do Plano Piloto: Bucólica, Residencial, Gregária e Monumental;
Desenvolver uma prática turística de baixo impacto.
Possibilitar a melhoria da qualidade de vida através de atividade física (caminhada) praticada em meio urbano;
Oferecer subsídios aos cidadãos participantes para a reflexão sobre a Capital Federal e sua relação com a população local, do Entorno, nacional e internacional;
7- Metodologia/ descrição da ação
Primeiramente, este é um projeto educacional que envolve diversas áreas de conhecimento humano e, para sua execução, são necessários o trabalho e o engajamento dos demais profissionais de educação que dirigem, coordenam e ministram aulas nas Escolas, apoio este que nunca me faltou.
As quatro etapas do projeto são:
Primeira etapa (comum a todos os participantes): Palestra ministrada em sala de aula, na escola, com auxílio de power point e filmes sobre a história e construção de Brasília. O conteúdo apresentado aos alunos são os seguintes:
– Ocupação do Centro-Oeste Brasileiro, desde a pré–história, até a época anterior à chegada dos colonizadores portugueses;
_ Chegada e ocupação dos primeiros portugueses na região de Goiás;
_ Fatos históricos relacionados à criação da Capital Federal desde os períodos colonial, imperial e republicano.
_ Descrição das quatro escalas urbanísticas definidas por Lúcio Costa, a saber: Escala Monumental, Escala Gregária, Escala Bucólica e Escala Residencial;
_ Interpretação do Patrimônio Cultural e Geográfico do Plano Piloto;
_ Os vídeos apresentados aos alunos estão citados nas Referencias e assinalados com **.
Segunda etapa: (duas opções de caminhadas)
-Percurso 01 Caminhada por parte do Eixo Monumental do Plano Piloto e quadra residencial (109/309 sul).
- Percurso 02 Caminhada pelo Eixo Monumental do Plano Piloto.
No início do percurso oferecemos aos alunos um Guia de Observação para subsidiar a caminhada.
_Durante todo o percurso conversa-se e complementam-se as informações sobre a história e os monumentos do trecho percorrido. Mostra-se in loco o ambiente urbano identificando características específicas relativas a cada uma das escalas arquitetônicas antes mencionadas.
_ Igualmente, durante a caminhada sempre se aponta um espécime vegetal do Cerrado ou de outra região. Animais que aparecem como pequenos répteis e aves são identificados e;
_Oportuniza-se diversas situações para o registro fotográfico da arquitetura e do urbanismo da Capital Federal e da relação dos estudantes com esse espaço urbano;
_1ª parada: (PERCURSO 01e 02) De ônibus chegamos a Praça do Cruzeiro, discorre-se sobre a altitude do local, a visão de 360º, o local da primeira missa. No mesmo local, avista-se a localização das cidades satélites, do Parque Nacional de Brasília, as Águas Emendadas, o Lago Paranoá e o Memorial JK, caminhamos até a Torre de TV;
_2ª parada: (PERCURSO 01e 02) Do mirante da Torre de TV, de onde se avista todo o Plano Piloto identificam-se as escalas Residencial, Monumental, Bucólica e Gregária; e caminhando nos arredores da torre, o marcos históricos, pontos turísticos e artísticos são apontados e descritos;
3ª parada:(Somente para o PERCURSO 01) De ônibus, visitamos uma quadra residencial do Plano Piloto, onde demonstramos como é o modo de vida em uma superquadra, a escala bucólica, residencial; RETORNO PARA A ESCOLA.
_3ª parada:(Somente para o PERCURSO 02) Alcança-se a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Aparecida, onde se reconhecem o espaço externo, a arquitetura, as esculturas. Visita-se a nave interna e suas obras artísticas de autoria de Di Cavalcante e Alfredo Ceschiatti e identifica-se a cruz da primeira missa, a paz espiritual, o telefone sem fio.
_Segue-se caminhando ou de ônibus pela Esplanada dos Ministérios rumo à Praça dos Três poderes, observando a arquitetura e identificando os edifícios dos órgãos públicos postados de um lado e outro da Esplanada;
_4ª parada: (Somente para o PERCURSO 02) À Praça dos Três Poderes visita-se o Espaço Lúcio Costa para reconhecer a caminhada sobre a Grande Maquete do Plano Piloto. Estudam-se as réplicas dos desenhos originais dos projetos de Lúcio Costa;
_Na mesma praça, visita-se o Panteão da Pátria onde são apresentados os Heróis do Brasil;
_Adentra-se ao Museu de Brasília para observar a saga da construção desde os tempos coloniais;
- Na Praça dos Três Poderes são ainda apontados e descritos cada monumento e edifício público
- Obs.: A ordem das paradas acima descritas poder ser alterada, de acordo com a necessidade do grupo, as condições do tempo e do trânsito.
_Terceira etapa (comum a todos os participantes): Avaliação da aprendizagem onde os participantes podem externar seu conhecimento apresentando trabalhos através de relatório escrito, acrósticos, produção textual, descrições de monumentos em fotografias e postais, confecção de cartazes, maquetes, desenhos, álbuns fotográficos, vídeos, seguido de exposições dos mesmos.
Quarta etapa momento para debates e discussões sobre o projeto e seus resultados apresentados em forma de exposições de baners e trabalhos práticos produzidos por professores e alunos.
8- Cronograma de trabalho (2014)
Ações
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Período / local
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Sensibilizar professores sobre o projeto.
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Semana pedagógica (fevereiro) e março / todos os CEF’s de Taguatinga.
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Confeccionar material impresso.
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Fevereiro e março/ SIA
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Realização da primeira, segunda e terceira etapas do projeto (turma de 20 professores)
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Março/ Escola
(01 viagem)
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Sensibilizar alunos sobre o projeto.
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Março/ Escola
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Realização primeira, segunda e terceira etapas do projeto (04 turmas 5º ano e alunos da Sala de Recursos)
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Abril (por ocasião do aniversário da cidade)/Escola e Plano Piloto
(04 viagens)
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Realização primeira, segunda e terceira etapas do projeto com professores regentes do CEEDV 01 Plano Piloto.
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Final de abril, inicio de maio.
(01 viagem)
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Realização primeira, segunda e terceira etapas do projeto (alunos do CEEDV 01 Plano Piloto)
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Maio (por ocasião da Semana de Museus)/ Escola e Plano Piloto
(01 viagem)
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Realização primeira, segunda e terceira etapas do projeto. (Frequentadores da BIBLIOTECA BRAILLE DORINA NOWILL de Taguatinga)
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Agosto/BIBLIOTECA BRAILLE DORINA NOWILL e Plano Piloto
(01 viagem)
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Realização primeira, segunda e terceira etapas do projeto (04 turmas 5º ano e alunos da Sala de Recursos)
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Setembro (por ocasião da Primavera dos museus) Escola e Plano Piloto
(04 viagens)
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Realização da quarta etapa do projeto (Exposição e apresentação de trabalhos dos alunos e professores).
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Novembro e dezembro / Escolas/CRET/SEEDF
(01 viagem)
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9- Resultados esperados e alcançados
Esperamos que os participantes soubessem reconhecer que esta cidade é muito importante como marco urbanístico e arquitetônico no arcabouço das grandes construções da humanidade, pois, alia inovação urbanística a avançada técnica de construção. Junta arte e arquitetura numa simbiose que poucas cidades do mundo apresentam. Conceito “do bem morar em cidade” nunca experimentado hoje está aqui presente e ao alcance de todos aqueles que residem ou caminham pelas “asas” norte e sul ou pelo Eixo Monumental, do Plano Piloto. É uma experiência viva, palpável que todos os cidadãos participativos podem conhecer e preservar.
A maioria dos alunos que participaram do projeto piloto demonstrou grande envolvimento e interesse pelo tema central do estudo, principalmente por serem moradores do Distrito Federal ou do Entorno e até então, muitos não tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes a história e as peculiaridades urbanas e arquitetônicas do Plano Piloto de Brasília. Quando a caminhada foi realizada, a satisfação se completou, pois, é o coroamento do estudo em um momento único de aprendizagem no qual os alunos e professores se interagem trocando experiências, conhecimentos, impressões e vivências.
Ouvir a palestra e estar nos espaços verdes do Eixo Monumental do Plano Piloto com os alunos é experimentar a liberdade e responsabilidade de aprender que as quatro paredes da escola realmente não podem oferecer, mas que serve perfeitamente como complemento pedagógico diferenciado.
Desta forma, os resultados obtidos são sempre surpreendentes e satisfazem o profissional da educação que busca não só a formação propedêutica, mas também a educação humana e cidadã. Os alunos apresentam, textos escritos como acrósticos, poesias, dissertações, crônicas; desenhos, fotografias com descrições de imagens, vídeos, maquetes e principalmente testemunhos verbais externados nos debates posteriores ao projeto onde demonstram seus conhecimentos adquiridos e suas dúvidas, e indagações sobre o futuro da cidade. Surpreendem com sugestões e observações inovadoras sobre como preservar a cidade com suas características urbanas e arquitetônicas sem engessar seu desenvolvimento.
Brasília não pertence só aos brasilienses é dos brasileiros e patrimônio da Humanidade. De uma forma planejada e meticulosa, apresento-a aos alunos todos os anos desde 2003.
10- Avaliação do resultado
Constarão de reuniões com professores, coordenadores e Direção uma avaliação escrita das etapas do projeto e uma análise dos trabalhos apresentados pelos alunos para a montagem da exposição como culminância e avaliação final dos resultados apreendidos pelos participantes do projeto.
11 - Anexos
Sugerimos visita aos sítios abaixo para melhor conhecimento do Projeto.
Já realizamos este projeto desde 2003 com turmas onde trabalho, como se pode observar no quadro a seguir:
Caminhadas
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Data
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Instituição
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Nº de alunos
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01
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29/03/03
|
Escola Classe 412 Samambaia
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09
|
02
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17/10/03
|
Escola Classe 412 Samambaia
|
12
|
03
|
06/07/04
|
SESI – Taguatinga
|
16
|
04
|
27/04/04
|
SESI – Taguatinga
|
12
|
05
|
23/03/05
|
SESI – Tag.
|
19
|
06
|
14/04/05
|
SESI – Tag.
|
15
|
07
|
20/04/05
|
SESI – Tag.
|
14
|
08
|
18/05/05
|
SESI – Tag.
|
30
|
09
|
18/05/05
|
SESI – Tag.
|
30
|
10
|
20/05/05
|
SESI – Tag.
|
25
|
11
|
20/05/05
|
SESI – Tag.
|
25
|
12
|
16/05/06
|
SESI – Tag.
|
33
|
13
|
17/05/06
|
SESI – Tag.
|
27
|
14
|
18/05/06
|
SESI – Tag.
|
32
|
15
|
19/05/06
|
4ª Semana de Museus
|
12
|
16
|
23/05/06
|
SESI – Tag.
|
31
|
17
|
18/04/07
|
SESI – Tag.
|
40
|
18
|
19/04/07
|
SESI – Tag.
|
41
|
19
|
20/04/07
|
SESI – Tag.
|
40
|
20
|
15/05/07
|
SESI – Tag./ Cei.
|
61+ 63
|
21
|
16/05/07
|
SESI – Tag./ Cei.
|
92+66
|
22
|
17/05/07
|
SESI – Tag.
|
60
|
23
|
18/05/07
|
5ª Semana de museus
|
10
|
24
|
02/04/08
|
CEF 08 Tag. 5ª DF
|
58
|
25
|
04/04/08
|
CEF 08 Tag. 5ª ABG
|
85
|
26
|
08/04/08
|
CEF 08 Tag. 6ª DEF
|
90
|
27
|
10/04/08
|
CEF 08 Tag. 6ª ABC
|
90
|
28
|
16/04/08
|
CEF 08 Tag. 5ª CE
|
60
|
29
|
28/04/08
|
Escola Classe 17 Tag.
|
90
|
30
|
04/04/09
|
CEF 03 Tag.
|
38
|
31
|
22/05/09
|
7ª Semana de museus
|
01
|
32
|
23/05/09
|
1º Brasília de Bicicleta
|
12
|
33
|
02/07/09
|
CEF 03 Tag.
|
38
|
34
|
28/08/09
|
CEF 03 Tag.
|
45
|
35
|
18/03/10
|
CEF 03 Tag.
|
39
|
36
|
08/04/10
|
EC 17 Tag.
|
53
|
37
|
22/05/10
|
8ª semana de Museus
|
42
|
38
|
18/05/2011 Dia Internacional dos Museus
|
CEF 104 N DRE PP
|
34
|
39
|
16/05/2012(10ª semana de Museus)
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CEF 03 de Taguatinga
|
19
|
40
|
26/05/2012
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Arquivo Público DF
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63
|
41
|
26/09/2012
|
Biblioteca Braile Dorina Nowill
|
23
|
42
|
25/05/2013
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Biblioteca Braile Dorina Nowill
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13
|
Total
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1.703
|
Textos de alunos (as):
Aluna: Vanessa Raniele da S Ferreira – 13 anos - 7ªC
Classe 412 – Samambaia – Caminhada: 29 de março de 2003
De tudo que já vivi nunca percebi que tantas coisas sonhadas valessem ou virasse real. Assim como nossa caminhada ou Sentir Brasília*, foi o que aconteceu com nossa linda e bela Capital da Esperança: Brasília, alem da união foi preciso coragem para Brasília ser o que é agora.
Nem tudo foi perdido ao contrário, ganhado muito mais.
Na nossa caminhada percebi que em Brasília o amor e a amizade seriam a coisa que aqui mudaria, quando chegamos parecia que nossa recepção seria como do homem que pisou na lua ou parecia até algo maior que já poderia ter acontecido no mundo, o sol, foi o ponto chave, iluminando o JK, depois aquelas árvores trazendo ao r puro na Catedral, a paz reinando... Panteão a vitória de quem já terá sofrido e no Espaço Lúcio Costa a verdadeira vitória de chegar tão alto, construir uma cidade “Capital do Brasil” por um sonho.
*nome do projeto na primeira versão.
Aluna: Dálete P. A. de Paiva – 13 anos – 7ª D
Escola Classe 412 – Samambaia – Caminhada: 29 de março de 2003
Para mim, a caminhada pelo Eixo Monumental foi muito produtiva e divertida, pois já estive em Brasília e nunca tinha parado para apreciar a beleza de nossa Capital, muito menos a sua organização; pois ela é completamente dividida, tudo em seus respectivos lugares. Os monumentos, os seus Eixos, suas áreas de diversão, suas quadras residenciais...
Acho que os brasilienses em geral, deveriam parar para observar essas e mais diversas qualidades que nossa Capital nos oferece pois não é qualquer capital que possui tanta beleza igual a Brasília.
É isso ai, o Projeto Sentir Brasília, foi uma grande idéia, parabéns aos professores (...) que criaram esse projeto, pois tenho certeza que ele ainda vai ajudar muitos brasilienses a acordar, analisar, conservar e dá valor a nossa Capital: Brasília.
Aluna Brenna Bittencourt - 8ª G- Centro de Ensino fundamental 03 de Taguatinga. Caminhada realizada em 18 de março de 2010
Realização de um sonho
Quando se têm planos corremos atrás, mas nem sempre isso acontece.
Com a idéia de interiorização da Capital muita coisa mudou, não era apenas uma idéia, mais que isso, era uma necessidade. Entre os séculos XIX e XX surgiram as primeiras idéias de interiorização da Capital, mas só entrou em vigor depois de 1891 quando a mesma se tornou um dispositivo constitucional.
Em 1956 com a posse de Juscelino Kubitschek teve início a construção da Capital do país. Três anos, nove meses e doze dias depois, havia acontecido à realização de um sonho. O deslumbrante museu a céu aberto estava pronto.
Para que isso tudo acontecesse, foi preciso a ajuda de personalidades como Luis Cruls, Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, que segundo ele o desejo era: “Construir um urbanismo com luz, ar e sol, com a transparência do cristal e a lógica de uma equação”.
Inaugurada em 1960, agora em 2010 completa 50 anos de conquistas, perdas e equívocos.
Noticias:
E o vencedor é... Professor de História ganha I Prêmio José Aparecido de Oliveira
(16/12/2008 - 09:09)
O professor de História Rinaldo Paceli Ferreira foi o grande vencedor do I Prêmio José Aparecido de Oliveira, criado em 2007 pelo governador José Roberto Arruda para incentivar e reconhecer ações de preservação de Brasília como patrimônio histórico. A cerimônia de entrega do prêmio foi nesta segunda-feira (15), no Museu da República. Ferreira recebeu o Troféu Hélice Infinito das pelo trabalho pedagógico com alunos do 5º e 6º anos do Centro de Ensino Fundamental 8, de Taguatinga.
O professor realiza, desde 2003, um trabalho de resgate da história e da cultura de Brasília por meio do projeto Escola Peripatética – Educação Patrimonial. Os traços de Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e de importantes nomes que ajudaram a construir Brasília viram conteúdo em sala de aula. Depois, a teoria ganha forma em passeios pelos eixos da cidade e visitas a importantes monumentos arquitetônicos da capital. “Os alunos passam a ver Brasília com outros olhos e enxergam a importância histórica e estética desse lugar”, explica Ferreira. Segundo ele, mais de mil estudantes já participaram do projeto.
O júri do prêmio foi formado por representantes e especialistas de diversas áreas, como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Terracap, Universidade de Brasília (UnB) e Secretaria de Cultura. Ao todo, 27 projetos foram inscritos. Cinco deles receberam menção honrosa pela relevância e contribuição com o tema.
Além do Troféu Hélice Infinito, o vencedor levou R$ 15 mil. “É um estímulo para aqueles que têm ações voltadas para o estudo e preservação de Brasília”, destacou o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho.
Homenagem
O prêmio José Aparecido de Oliveira foi criado em homenagem ao ex-governador do Distrito Federal (1985 – 1988), morto em 2007. Durante a solenidade, Arruda destacou a luta de Oliveira, em 1987, para incluir a jovem cidade na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade. “A vontade de José Aparecido em preservar Brasília também servia como alerta contra a grilagem e a ocupação desordenada. Infelizmente, ele sofreu muito nessa batalha e sua luta foi perdida ao longo dos últimos 20 anos. Agora, ela ganha força novamente no nosso governo”, lembrou Arruda.
A cerimônia de entrega do prêmio contou com a participação do pianista Antônio Carlos Bigonha. Ele apresentou recital com a peça Carta ao Niemeyer, em homenagem ao aniversário de 101 anos do arquiteto, celebrados no mesmo dia.
Os filhos de José Aparecido, José Fernando Aparecido e Maria Cecília de Oliveira, também acompanharam a solenidade. Eles se emocionaram ao ver um vídeo do pai. “Estamos muito felizes por saber que a luta dele não foi em vão”, comemorou o filho.
Sinval Neto – Agência de Comunicação- SEEDF
Correio Braziliense
Educação patrimonial » Projeto promove o contato dos alunos da rede pública de ensino com Brasília por meio de longos passeios pelos monumentos modernistas
Educação patrimonial » Projeto promove o contato dos alunos da rede pública de ensino com Brasília por meio de longos passeios pelos monumentos modernistas
Ana Clara Brant
Publicação: 17/05/2010 08:16
Há uma máxima que afirma que para conhecer realmente uma cidade nada melhor do que caminhar por ela. Desbravar a pé suas ruas, quadras, edifícios e afins. Alguns acreditam que com Brasília, uma cidade peculiar por natureza, com suas largas avenidas e grandes distâncias, isso não seja possível. Mas um projeto, criado em 2003 pelo professor Rinaldo Paceli,vem provar justamente o contrário. Escola peripatética: Educação patrimonial; Brasília - Museu e arte a céu aberto é uma iniciativa pedagógica desenvolvida com alunos do 5º e 6º anos do Centro de Ensino Fundamental 8, de Taguatinga, que promove um trabalho de resgate da história e da cultura de Brasília.
Depois da teoria em sala de aula sobre a capital e sua trajetória, os estudantes seguem em passeios pelos eixos da cidade e visitas a importantes monumentos arquitetônicos brasilienses. "Brasília só era conhecida por seus pontos turísticos, então pensei em transmitir essa ideia da cidade por meio de uma caminhada. As pessoas passam a conhecer e a sentir a cidade de uma outra maneira. É um trabalho que desperta nas pessoas essa noção da preservação, da educação, da história e da arquitetura", acredita.
Uma das atividades da 8ª Semana de Museus, que começa hoje em Brasília, é justamente a apresentação do projeto de Paceli, que inclusive já foi agraciado com o Prêmio José Aparecido de Oliveira, criado em 2007 pelo GDF, para incentivar e reconhecer ações de preservação de Brasília como patrimônio histórico. No próximo sábado, haverá uma palestra e uma caminhada para todos os interessados na proposta itinerante do professor. "Durante a aula ou palestra, nós abordamos todo o panorama histórico de Brasília, desde os seus primórdios. A ocupação do Centro-Oeste na pré-história, o Brasil Colônia, a Missão Cruls, a construção da nova capital e o projeto de Lucio Costa, abordando suas escalas. Depois, colocamos toda a teoria em prática e percorremos a cidade", explica.
Trajeto
A caminhada, cuja duração varia entre três e quatro horas, tem início no Museu Nacional, seguindo pelo Eixo Monumental até a Praça dos Três Poderes, onde visitam alguns pontos turísticos. "À medida em que vamos andando do museu, ali no gramado, em direção à Praça dos Três Poderes, é interessante observar como o Congresso vai ganhando outras proporções. De longe, o prédio é pequeno, mas quando vamos nos aproximando, ele vai se tornando gigantesco. Isso faz parte da escala monumental de Lucio Costa, um dos temas que abordamos no projeto", diz.
Da Praça dos Três Poderes, o grupo segue até a Praça do Cruzeiro e Memorial JK, porém, de ônibus. De lá, eles percorrem mais alguns quilômetros chegando ao ponto final do passeio: a Torre de TV, um dos locais preferidos pelos alunos em todo o trajeto. "Eles ficam encantados quando subimos no mirante e conseguimos observar debaixo de nossos pés as quadras, a arborização e a setorização da capital. Quando Lucio projetou a torre, a ideia era justamente esta, dar um panorama geral de Brasília. E é isso que fascina os estudantes", acredita Rinaldo Paceli.
A caminhada, cuja duração varia entre três e quatro horas, tem início no Museu Nacional, seguindo pelo Eixo Monumental até a Praça dos Três Poderes, onde visitam alguns pontos turísticos. "À medida em que vamos andando do museu, ali no gramado, em direção à Praça dos Três Poderes, é interessante observar como o Congresso vai ganhando outras proporções. De longe, o prédio é pequeno, mas quando vamos nos aproximando, ele vai se tornando gigantesco. Isso faz parte da escala monumental de Lucio Costa, um dos temas que abordamos no projeto", diz.
Da Praça dos Três Poderes, o grupo segue até a Praça do Cruzeiro e Memorial JK, porém, de ônibus. De lá, eles percorrem mais alguns quilômetros chegando ao ponto final do passeio: a Torre de TV, um dos locais preferidos pelos alunos em todo o trajeto. "Eles ficam encantados quando subimos no mirante e conseguimos observar debaixo de nossos pés as quadras, a arborização e a setorização da capital. Quando Lucio projetou a torre, a ideia era justamente esta, dar um panorama geral de Brasília. E é isso que fascina os estudantes", acredita Rinaldo Paceli.
Escola Peripatética
O nome do projeto do professor Rinaldo Paceli é inspirado na Escola Peripatética grega, um círculo filosófico da Grécia Antiga que basicamente seguia os ensinamentos de Aristóteles. Fundada em 333 a.C., quando Aristóteles abriu a primeira escola filosófica no Liceu em Atenas, durou até o século IV. Peripatético é a palavra grega para ambulante ou itinerante. Peripatéticos (ou os que passeiam) eram discípulos de Aristóteles, em razão do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava preleções, por sob os portais cobertos do Liceu.
Projeto Brasília: museu a céu aberto
Palestra e caminhada, sábado, dia 22, no auditório 2 do Museu Nacional Honestino Guimarães, das 9h às 13h. Entrada franca. Informações: 3325-6410 e rpaceli@bol.com.br.
Crônica sobre o projeto.
- Títulos
- Licenciatura Plena em História – Universidade de Brasília – 1989.
- Professor de História da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal
desde 1º de Abril de 1996.
- Especialização em Gestão e Marketing do Turismo – CET – UnB – 2002.
Certificado de Mérito Educacional –Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal- Trabalho apresentado no Concurso Prêmio ao Professor 2004 – categoria Ensino Fundamental séries finais.
- Sessão Solene em homenagem ao Projeto – Brasília museu e arte a céu aberto, proposta do Deputado Distrital Chico Leite _ PT-DF, na Câmara Legislativa do Distrito Federal em 08 de agosto de 2008.
- Projeto – Brasília museu e arte a céu aberto – classificado em nível regional para o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2008, promovido pelo IPHAN.
- Primeiro vencedor do Prêmio José Aparecido de Oliveira – 2008- promovido pelo Governo do Distrito Federal.
- Referências
**ANDRADE, Joaquim Pedro de.1967. Brasília: contradições de uma cidade nova.Curta metragem, 23 min. NTSC/cor.
ATLAS Ambiental – Distrito Federal . 2006 – publicação do Governo do Distrito Federal – Secretaria de Estado da Comparques.
** BARBIERI, Renato.2007. A INVENÇÃO DE BRASÍLIA.documentário, 55 min, cor, VIDEOGRAFIA & TV CULTURA.
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BRAGA, Andréa da Costa. 1987. GUIA DE URBANISMO E ARQUITETURA DE BRASÍLIA, Brasília, Fundação Athos Bulção.
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FERRO, Lila Rosa Sardinha (coordenadora).1997.ATLAS HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO DISTRITO FEDERAL, Brasília, Fundação Educacional do Distrito Federal.
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MARQUES, Jarbas Silva. 2000. O SONHO DE DOM BOSCO. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, ano III-Nº 3, Brasília.
MAGALHÃES, Luiz Ricardo, Robson Eleutério. 2005. ESTRADA REAL DO SERTÃO-NAROTA DAS NASCENTES; Brasília: Editora Terra Brasilis.
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